sexta-feira, 6 de julho de 2012

Água de beber

Cá estou em terras gaúchas, com nossos gaudérios queridos, passando uma friaca, como eles mesmos costumam dizer. A temperatura caiu, de um dia para o outro, de 30 para 12 graus, e chove bastante. Coisa com a qual os goianos não têm muito costume, né?
Mas já deu pra fazer bastante coisa em alguns dias, uma delas foi ir ao Água de Beber. Atenção quem gosta de cervejas especiais, a dica é muito boa!
O Água de Beber é um barzinho no centro de Porto Alegre, que consegue ser uma mistura de boteco com pub. A decoração é muito bacana e tem uma carta extensa de cervejas especiais, de vários tipos e países, inclusive as que são exclusivas aqui do Rio Grande do Sul. Ao mesmo tempo, vendem sanduíches com precinhos bem justos (R$5,00) e outras guloseimas típicas de boteco mesmo, como porção de ovo de codorna (amo!), calabresa, queijos, amendoim, entre outros.
O lema do bar é "beba menos, mas beba melhor". A ideia é de que não compensa beber 20 latinhas se a cerveja não for boa. É melhor comprar menos com esse mesmo dinheiro, mas beber coisas diferentes, de qualidade. Apreciar mesmo a cerveja, como se aprecia um vinho, e não beber pra ficar bêbado e pronto. Fomos pra lá assistir a final da Libertadores, e por incrível que pareça, o local não estava lotado. Nos sentamos no balcão mesmo e conversamos bastante com os donos do bar, dois jovens rapazes que atendem diretamente os clientes. Fernando e Leandro são bem simpáticos e conversam sobre tudo. Alguns outros clientes se sentaram também no balcão e a prosa se deu como se todos já se conhecessem antes. Um ambiente bem leve e tranquilo.  Reparei que alguns clientes velhos da casa já até tomam a liberdade de ir pro outro lado do balão e pegar, eles mesmos, copos e cervejas.
Eu vou confessar que não sou a maior fã de cerveja do mundo, mas beberico aqui e acolá quando são diferentes. A primeira vez que tomei uma cerveja foi em grande estilo, logo na Oktoberfest de 2009, em Munique. Então, não vejo lá muito graça em sentar em um boteco e beber cervejas comuns. E, quando bebo, é pouco. Mas nem por isso vou deixar de dar minha opinião.

A nossa estreia foi com a Abadessa Export 1 litro.


Primeira dica: cuidado com o manuseio da garrafa, que, por sinal, é linda. Ela é retornável e, caso quebre, vai custar R$120,00 ao cliente desafortunado. Mas esse não é o preço dela. Não me lembro bem quanto foi, mas era menos que R$30,00. É uma cerveja que só é vendida no Rio Grande do Sul. Ela tem que se manter resfriada sempre e  sua validade termina em 30 dias, o que dificulta seu transporte para outras regiões do país. Seu gosto é bem suave, bom mesmo para apreciar. Agradou meu paladar de menininha e também o do namorado e do cunhado. Unanimidade. Recomendo bastante.

A segunda foi a Babilônia Red Ale. 



Não sei se tem algo a ver com o fato de eu ter tomado a Abadessa antes, que é bem suave, mas achei a Babilônia Red Ale muito forte. Um gosto meio que "de madeira", se for pra usar uma linguagem bem leiga. Nunca fui de beber Red Ale, nem sei bem do que se trata, mas não agradou meu paladar de menininha. O namorado e o cunhado, no entanto, aprovaram. Digamos que é uma cerveja "de macho", com gosto bem marcante. O rótulo dela não me era estranho, mas não posso afirmar que já a vi para beber em outros lugares.

Pedimos também a Babilônia Pale Ale. Dessa eu gostei mais, mas ainda assim, não caí de amores.

Aí foi a vez de uma cerveja com um nome, no mínimo, inesperado: Green Cow IPA. Isso mesmo, vaca verde, assim como mostra o rótulo.



Não é suave, pelo contrário. Sua principal característica é a alta concentração de lúpulo, o que deixa seu gosto bem forte. Mas é um forte bom. Diferente do que percebi na Babilônia. De algum modo seu "amargor" me agradou, o que em geral não acontece. Gosto das coisas mais docinhas e suaves, mas aprovei a Green Cow. O rótulo dela é trabalho gráfico de amigos dos donos do Água de Beber. E, além da vaquinha, vem os dizeres "de doce, já basta a vida" e "start a revolution, drink better beer", bem de acordo com a proposta do bar. 

Fomos pedindo as cervejas de acordo com as indicações do dono do local. A que eu mais gostei foi a primeira, a Abadessa. Talvez porque ela é suave, ou porque ela é tão boa e "especial" que frustrou minhas expectativas em relação às outras, não sei. Mas é certo que quem gosta de beber cervejas diferentes e vier a Porto Alegre TEM que dar uma passada no Água de Beber. Vale a pena conferir a carta de cervejas, os comes, a decoração, o bom papo do pessoal do bar, enfim, um ambiente bem bacana. E o preço? Justo, como eu disse. Pedimos uma porção de ovinhos de codorna e cada um dos meninos comeu um sanduba. Dividimos a conta e deu R$28,00 pra mim e R$29,00 pra cada um dos meninos. Conta que se paga em bares super comuns, sem graça nenhuma!
Ah, de vez em quando rolam apresentações musicais e também festival de chopp! 
Achei um blog deles, mas não está muito atualizado. Tem  telefone, para mais informações. Eu indico!



Um comentário:

Daniel Mundim disse...

Ruim mesmo foi só a vitória do Curintia! Mas o lugar é incrível! Boa dica para jovens empresários goianos se inspirarem, hehe!