sexta-feira, 11 de maio de 2012

O cachorro na janela

Cachorro na janela. Bahia, 2012. Por Bruno Farias.

Preciso compartilhar meu caso de amor com essa foto. Ela foi tirada pelo Bruno Farias, esposo da Hellen Matos, que é uma querida. Em férias, foram para a Bahia e fizeram uma galeria de fotos com os animais (amo!) que encontraram por lá, dentre eles, este poodle na janela, observando com alegria alguma coisa interessante na rua.
Essa parede amarela, essa janela azul meio antiga, com a tinta desbotando, e esse cachorro assim, escorado desse jeito. Juntando tudo isso ao fato de eu ter uma poodle de 13 anos (July, o amor da minha vida, vou falar dela aqui também um dia) que parecia bastante com esse da foto em seus tempos mais juvenis, fiquei hipnotizada. Postei no Facebook, é meu fundo de tela do twitter (@AnaC_Castro), está até como papel de parede no computador da empresa onde trabalho. Estou apaixonada.
Mas Ana, você já foi pra tantos lugares, tirou foto de tanta coisa... Sim, a foto é simples, em um lugar aparentemente humilde, com um poodle branco aparentemente tão comum. Mas é disso mesmo que eu gosto: coisas simples, comuns, flagrantes que passariam desapercebidos, mas que alguém com uma câmera na mão e uma ideia na cabeça foi lá e registrou.
E o que será que o cãozinho olhava tanto? Aí está o quê de mistério, a cereja do bolo das coisas. Junte simplicidade, sensibilidade e mistério e, voilá, eu vou gostar.
Alguém mais já bateu o olho em uma imagem e se apaixonou assim, perdidamente?

Um comentário:

Projeto Kika disse...

Engraçado porque não canso de rever o álbum com fotos dos animais que encontrei por lá. Lembro do dia, do momento, da admiração, do contato com alguns e da apreciação à longa distância por outros.
Tem também os que ficaram só na mémoria como um labrador que saiu correndo desgovernado e lambeu o rosto de um turista que estava dormindo alí na areia e acordou apavorado sem entender nada... Rs.
Quando dividimos o mundo com os outros animais não é a imagem registrada do momento em si que nos encanta, é sim a reflexão sobre uma realidade que só existe em alguns lugares isolados. Talvez Carol, porque a simplicidade que você cita deixou de existir faz tempo nas grandes cidades. Não podemos mais deixar as janelas abertas. Essa riqueza não temos mais. Infelizmente.